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CRÍTICA: Cloverfield: Monstro (2008) | Tenso e Desorientador

SINOPSE:
Rob Hawkins (Michael Stahl-David) mora em Nova York e está prestes a se mudar para o Japão. Ele reúne os amigos em uma festa de despedida, na qual pretende revelar sentimentos mal-resolvidos. Entretanto um forte solavanco assusta os convidados. Todos buscam notícias sobre o ocorrido na TV, que diz que a cidade sofreu um terremoto. Ao chegar ao terraço para ver os estragos o grupo nota uma bola de fogo gigante, seguida pela queda de luz na cidade. O pânico toma conta de todos, o que aumenta ainda mais quando eles enfim conseguem chegar à rua.

CRÍTICA:
Primeiro deixe-me apenas dizer que este filme não é ruim. Mas este filme também está longe de ser um ótimo filme. Eu fui rever este filme para a crítica, mas tenho que ser sincero que a primeira vez que eu vi ele, eu o odiei, mas nesta segunda não achei ele tão ruim, ele tem várias cenas realmente desnecessária, porém na sua proposta ele consegue ser bem imersivo pela causa do desconforto e agonia que o filme representa em alguns momentos sendo eficiente em criar um clima sombrio e tenso.
Segundo, o filme é incrivelmente lento no inicio sim, porém após o inicio introdutório ele consegue apresentar uma certa tensão a cada cinco minutos como todo filme de suspense. Outro detalhe que me incomodou um pouco foi ter um monte de backstory (história de fundo) sem sentido que, que não acrescenta na minha visão em nada no filme, mas se você é um fã de ficção científica como eu não, então vai se importar.
Todo o filme é filmado a partir do ponto de vista de uma câmera portátil que, por algum motivo, tem a bateria mais longa que já vi e, de alguma forma, ainda pode funcionar adequadamente, apesar de ter caído algumas vezes e sobreviver a uma queda de helicóptero.
Cenas que para mim teve um destaque a mais foram, onde é mostrado a cabeça da Estátua da Liberdade sendo decapitada quando todo mundo começa a deixar a cidade, e a cena que realmente me deixou tenso foi a cena do metrô, onde os “filhotes” do monstro aparecem e rola toda a cena com a visão noturna da câmera ligada, fez a cena ficar bem feita.
É claro que as pessoas estarão indo assistir a este filme pelo prazer visceral que Cloverfield entrega. Muitos efeitos visuais e sonoros emocionantes me impressionaram pela sua tensão apresentada. Qualquer filme de terror também se beneficiará de uma sensação assim, e este filme tira a façanha aparentemente impossível de fazer a cidade de Nova York parecer claustrofóbica porque aparentemente não havia onde se esconder do monstro.
O Filme te envolve completamente nesta situação incrível, sem lhe dar absolutamente nenhum conhecimento para confortá-lo. É muito desorientador, o que aumenta a experiência; você nunca descobre o que diabos está acontecendo, mas você está no modo sobrevivência junto com os personagens.
O que é o monstro? O que quer que seja, claramente, é uma alegoria para a carnificina de 11 de setembro infligida a Nova York, da mesma forma que Godzilla deveria ser uma alegoria do dano infligido ao Japão pela bomba atômica. Há momentos aparentemente como se tivesse recriando o documentário do 11 de setembro, e eles dão a verossimilhança do filme. Tocar o horror da vida real, além de criar personagens com os quais podemos nos relacionar e nos importar, e atacar nossos sentidos com incríveis como visão e audição, e levar você a proposta que é entretenimento. Talvez o tempo de execução de 80 minutos incomode algumas pessoas, mas, por outro lado, acho que é melhor do que um filme ser longo demais.
Os personagens principais realmente são ingênuos, ignorantes e desagradáveis, mas o que você vai conseguir de um grupo de personagens recém-saídos da faculdade, quando estão tentando viver vidas decentes, mas esse é um grupo excepcional de pessoas que não são sofisticados, detestáveis ​​e indiscretos. Porém tenho que destacar que os dois melhores atores (Mike Vogel e Lizzy Caplan) com carismas foram os primeiros a morrer o que foi uma pena. Suas idiotices eventualmente levam as suas mortes inevitáveis, como se não fosse óbvio que todo o filme se transformaria em caos e todo mundo morreria.
Somos informados desde o início que o vídeo foi recuperado de um local “conhecido como Central Park” (o que sugere que o Central Park não existe mais). Levando isso em consideração, o final não deve ser uma surpresa real. O que é mais surpreendente é o fato de que algumas pessoas realmente acharam o final surpreendente e se sentiram maciçamente decepcionadas com isso. Honestamente, como você acha que isso acabaria? Dado o que nos foi dito no início, não deveria ser surpresa se houvesse zero sobreviventes (mas mesmo isso é deixado em debate). Porém houve um dos personagens principais que não foi mostrado sua morte, então “talvez” ela (Jessica Lucas) tenha sobrevivido, a irmã da protagonista que foi em outro helicóptero na evacuação, talvez num futuro próximo nos filmes sequencias a vejamos.
A câmera trêmula pode ser nauseante para algumas pessoas, se você é alguém que gosta de todas as pontas soltas amarradas no final, este filme não é para você. Mas se você gosta de um filme de suspense/ ficção cientifica com monstros você pode gostar muito, este basicamente é um filme que você vai amar ou odiar, ele vai dividir muitas opiniões, eu posso dizer que o filme é apenas bom, como dito antes serve ao seu proposito que é lhe entreter.
Classificação Final: 3/5
Assista o trailer baixo:

Victor Damião

Fundador do Compêndio Nerd, DC Wiki BR e colecionador de Quadrinhos da DC Comics.

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